Os melhores temas para oficinas do PAIF e do SCFV

Os melhores temas para oficinas do PAIF e do SCFV

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No âmbito da Proteção Básica socioassistencial os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) desempenham um papel extremamente importante no que diz respeito a proteção e acompanhamento de pessoas e famílias com algum tipo de vulnerabilidade social. A partir disso, neste são realizadas diversas ações para que essa proteção aconteça.

Assim, os principais serviços realizados pelos profissionais dos CRAS são o Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família (PAIF) e o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Mas de que forma eles atuam? E quais os espaços de interseção entre eles?

Primeiro vamos destacar o papel do PAIF, o qual tem como principal objetivo o fortalecimento da função protetiva da família, partindo do pressuposto de que este é um lugar em que se trocam valores, onde os membros deveriam cuidar e proteger um ao outro, levando, assim, a uma forte sensação de pertencimento.

Logo, as ações do PAIF podem acontecer de forma coletiva e individual (acolhida, ações particularizadas, encaminhamentos, oficinas com famílias e ações comunitárias) e devem ser implementadas de forma articulada, planejada e devem ser reavaliadas com determinada frequência.

Vale ressaltar que ações em grupo possuem um caráter multilateral, que envolvem pessoas com interesses comuns. Os maiores benefícios, então dos grupos, são as trocas de experiências e as reflexões proporcionadas a partir dos temas abordados.

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SCFV e Oficinas PAIF, qual a relação?

O SCFV também compõe a proteção social básica e o foco principal desse serviço é prevenir ocorrência de situações de risco social e, principalmente fortalecer os vínculos dentro dos núcleos familiares das famílias assistidas pelo seu CRAS de origem.

Então, em sua gênese, este serviço complementa as ações do PAIF, logo a articulação de ambos é extremamente importante, uma vez que ambos os serviços são desenvolvidos no território de abrangência do CRAS.


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Como deve ser a formação dos grupos?

A formação dos grupos deve respeitar as necessidades dos participantes, levando em consideração as especificidades do seu ciclo de vida. Dessa maneira, no serviço podem ser organizados grupos de crianças, de adolescentes, de jovens, de adultos e idosos.

A composição dos grupos deve preservar as diferenças existentes entre as pessoas, apesar de um objetivo comum ter os unido. Diferenças como raças/etnias, gêneros, entre outros, não devem ser barreiras para que estes participem das atividades de forma parecida.

Mas diante disso, quais temas seriam os mais interessantes para se abordar nas oficinas do PAIF e nos SCFV?

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Temas para se trabalhar nas oficinas do PAIF e do SCFV

Como citado anteriormente, os grupos são formados através de algum objetivo comum, ou seja, as pessoas que estão envolvidas de alguma forma dentro dos grupos possuem alguma trajetória a qual os levaram a estar neste grupo.

Assim, vale ressaltar que a iniciativa de encontros desse tipo tem como objetivo principal encaminhar os participantes a um processo de emancipação extremamente necessário dentro da lógica socioassistencial.

Como o SCFV pode complementar os trabalhos do PAIF, os temas das oficinas podem transitar, entre esporte e arte. Também há a possibilidade dos grupos acontecerem em formato de rodas de conversa, isso dependerá da faixa etária do grupo e das necessidades às quais eles têm em comum.

Algumas sugestões de oficinas

Artesanato

As oficinas de artesanato precisam ser desenvolvidas por oficineiros especializados em algum tipo de habilidade, por exemplo, oficina de bordado ponto cruz ou de colcha de retalhos. Estas podem acontecer três vezes por semana ou semanalmente.

Capoeira

Rodas de capoeira são ótimas para as crianças do SCFV, por causa do movimento, do ritmo e do corpo a corpo, esta atividade promove uma interação muito interessante entre os participantes. Uma dica: sentar com os integrantes e bater um papo sobre a aula, as dificuldades, o que aprendeu de novo, estimular as desculpas quando houver algum tipo de acidente e etc.

Violão e dança

Atividades onde a música está presente levantam facilmente o interesse da comunidade. O Violão, em específico, trabalha muito as funções cognitivas, estimula o raciocínio e a persistência. Já a dança tem como foco principal a memorização dos movimentos e, também promove uma interação significativa entre os participantes.

Futebol

O futebol, assim como a vida, se joga coletivamente. Ou seja, por mais que se tenha um integrante muito mais habilidoso que os outros, ninguém ganha um jogo sozinho. Pode-se ganhar ou perder. E é essa é a grande sacada dos esportes coletivos, logo, se tornam atividades excepcionais para se desenvolver em grupos do PAIF e SCFV.

Rodas de conversa

Nas rodas de conversa, cada integrante traz a sua contribuição para o grupo, de acordo com o tema proposto, com sua experiência de vida. Logo, a roda de conversa é um método que possibilita ao grupo aprofundar o diálogo, a expressão de suas angústias, desafios, enfim, o que pensa.

Iniciar uma roda nova é sempre um desafio, pois os temas precisam estar alinhados aos interesses do grupo e, ao mesmo tempo, ser estimulante o suficiente para manter os participantes ativos e participativos durante todo o processo. Uma atividade interessante para essa abertura das rodas é eleger alguns temas, colocar em balões e pedir para os integrantes estourarem o balão com o tema proposto dentro, assim a cada roda um tema é abordado. Esta atividade também funciona como quebra-gelo.

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Conclusão

Logo, o objetivo central das oficinas é desenvolver algum tipo de habilidade nos participantes, o que ajuda muito na criação de uma rotina, principalmente com as crianças. Já as rodas de conversa possuem um foco maior em proporcionar aos participantes envolvidos um espaço de troca de experiências e de escuta, aspectos extremamente válidos quando se fala em processos de empoderamento e emancipação cidadã.

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