Tempo de leitura: 7 minutos
Elaborar, planejar e ter objetivos claros para sua oficina do PAIF ou SCFV não é o suficiente se você não tiver público, correto? Como fazer, então, para que o público prioritário que precisava participar daquela ação se engaje e passe a frequentar o CRAS? Um bom caminho pode ser passar a divulgar as ações do CRAS onde você atua.
Os caminhos são muitos e as melhores estratégias com certeza serão as que melhor combinarem métodos online e também os presenciais.
Fique com a gente para algumas dicas para fazer as atividades do seu equipamento passarem a ser disputadas!
Leia também: As melhores temáticas para as oficinas do PAIF e do SCFV
Abrace as redes sociais
Segundo dados do IBGE, 116 milhões de brasileiros, ou seja, 65% da população contava com acesso à internet, em 2016. Destes, a maioria está no Facebook, a maior rede social do mundo, que em 2018 já soma 127 milhões de usuários no Brasil. Dessa forma, estar presente no Facebook, é estar onde boa parte do seu público passa grande parte do seu tempo e uma nova forma de conquistar sua atenção.
Claro, algumas faixas da população têm menor acesso à rede. Por motivos que vão desde renda e educação até idade ou ausência de cobertura no local de residência. No entanto, em estratos como os jovens e adolescentes, o acesso é alto nacionalmente e iniciativas como essa podem conquista-los, fortalecendo vínculos sociais, em mais um espaço.
Para começar, você pode usar o seu perfil pessoal para criar uma página na rede social. É importante ressaltar que o Facebook considera que apenas pessoas físicas podem ter perfis. Organizações, empresas, causas, etc. devem sempre manter uma página. Assim, se você já tem um perfil do tipo CRAS nome da cidade/bairro, é possível e recomendável transformar esse perfil em uma página (instruções aqui). Caso contrário, o Facebook pode exclui-lo sumariamente a qualquer momento.
Para saber se o canal utilizado atualmente é um perfil ou página, basta responder a pergunta: você precisa sair de uma conta e se conectar novamente, com um email e senha, para acessa-lo? Se sim, é um perfil e você precisa transformá-lo em página o quanto antes. Caso ele seja acessado a partir de uma conta pessoal, ou seja, você pode alternar entre sua conta e a página sem precisar usar uma senha, se trata de uma página. Neste caso, é só seguir para a próxima dica!
Depois de obter sua página de acordo com as normas do Facebook, vem o próximo passo.
Conteúdo
Sua página vai precisar ser alimentada constantemente para ser vista, curtida, compartilhada e comentada pelo seu público. O recomendado é que sua página publique algo ao menos duas vezes por semana, mas segundo os sistemas do Facebook, quanto mais você posta, mais audiência você terá.
Que tal aproveitar e contar um pouco sobre o que foi trabalhado em alguma oficina que deu um bom resultado? Você também pode valorizar o trabalho de algum profissional, mostrando o dia-a-dia e a importância do trabalho desempenhado no equipamento.
Mas tem um detalhe: no Facebook, posts com foto são exibidos para muito mais pessoas, então isso nos leva a próxima dica.
Tirar boas fotos
O mundo está mais visual do que nunca e para disputar a atenção das pessoas, uma boa forma de mostrar como sua oficina é importante – e, quem sabe, até mesmo divertida! – pode ser fotografando.
Uma lei para fotografia é sempre buscar ter uma boa iluminação. Fotos são registro de luz e se você não tiver o suficiente, não tem câmera que salve a foto. Mas detalhe: a luz precisa incidir da maneira correta.
Trocando em miúdos, o que você deseja fotografar precisar estar contra a principal fonte luz, enquanto quem fotografa, precisa estar a favor da luz. Ou seja, fotos com o sol ou uma lâmpada atrás dos fotografas são uma receita para fotos estranhas. Foto boa é com luz atrás do fotógrafo.
Se necessário, convide seu público para um foto externa!
Lembrete: a PNAS garante aos usuários o direito a privacidade durante o atendimento no SUAS. Por isso, lembre-se sempre de perguntar aos presentes se eles se importam de ter suas fotos publicadas. No entanto, cabe observar o que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente, no caso de fotografias de crianças e adolescentes. É importante que as fotografias não gerem nenhum constrangimento, bem como qualquer tipo de risco ao desenvolvimentos deles.
Grupo no WhatsApp
Esse conteúdo e fotos preparadas para o Facebook, com um pouquinho de adaptação podem cair muito bem no WhatsApp também!
Todo mundo que tem um celular com WhatsApp já participa de algum grupo, não é mesmo? Os usuários do equipamento ou o público de alguma oficina, por exemplo, podem ser incluídos em um e toda vez que o grupo se reunir para algum trabalho, ter fotos publicadas com alguma breve descrição. Não sabe criar um grupo? Não tem problema, você aprenderá aqui.
O WhatsApp é mais ágil e a visualização de todos quase garantida, ao contrário do Facebook. Dessa forma, quem se ausentou de determinada oficina ou apenas recentemente passou a ser atendido, pode se sentir incluído mais facilmente e se manter por dentro e receber avisos de forma mais veloz.
Só não vale dar todos os avisos e se comunicar com os usuários apenas pelo WhatsApp e deixar de fora quem não tem ou pode usar o aplicativo.
Se comunique de forma integrada
A internet deve ser apenas mais um meio de alcançar seus usuários e divulgar as ações do seu equipamento. Portanto, não conte apenas com o Facebook, WhatsApp ou qualquer outro aplicativo, pois nenhum canal sozinho irá alcançar todas as pessoas.
Não deixe de utilizar cartazes, anúncios em rádio, o boca-a-boca. Essas estratégias são complementares e funcionam melhor juntas, pensando-se no todo e no perfil e hábitos do público.
Ao fazer uma campanha que precise da adesão de um público grande e disperso – por exemplo, uma campanha do CadÚnico para os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada – tente se colocar no lugar de quem vai receber as mensagens. Escreva um texto (com todas as informações necessárias, mas, ainda assim, numa linguagem não-técnica e acessível) e/ou crie uma arte e envie para todos os seus contatos, pelo WhatsApp. Nessa mensagem, explique que as pessoas que não se cadastrarem irão perder o benefício e peça-as para mostrar, conversar e compartilhar com todos os possíveis afetados por essa medida.
Ferramentas como o Canva, permitem que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimentos em design e softwares de edição de imagens, seja capaz de criar artes para campanhas em redes sociais e até cartazes para impressão. Isso de maneira prática e gratuita.
Concluindo
Acho que agora você já deve ter algumas ideias para a sua realidade, não é? Mande o link para todos que puderem lhe ajudar, coloquem-as em prática e não esquece de voltar aqui para comentar o resultado!
Veja também
- Registro Mensal de Atendimentos (RMA) do CRAS
- 3 dicas para um planejamento de sucesso
- Você sabe como executar o SCFV de forma indireta?